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Alexandre Leopoldo
de Moraes

Advogado.

Belo Horizonte, MG.

de mãos dadas

Com o objetivo de contribuir para o projeto "Ser Paciente", sob a coordenação da Dra. Patrícia R. de O. Neto, venho apresentar um breve relato de uma experiência vivida na área médica em minha família, que pode ser útil para pessoas que se encontram na mesma situação.

Recentemente, minha mãe, uma paciente de 87 anos e cardiopata, foi submetida a uma cirurgia de retirada da tireoide. A decisão de realizar a cirurgia foi tomada exclusivamente pelo médico e pela paciente, sem a participação dos demais membros da família, neste caso, os filhos.

Após a cirurgia, ocorreram sucessivas complicações, especialmente devido à condição de idosa da paciente e ao fato de ela ter um marcapasso, resultando em 60 dias de internação. Essas complicações impactaram significativamente a família, que, em um breve espaço de tempo, precisou organizar a logística e a infraestrutura para receber a paciente nessas circunstâncias.

É importante registrar que a paciente é lúcida e capaz de decidir sobre seus próprios atos. No entanto, as consequências mencionadas afetaram a família, que deveria, ao menos, ter participado do processo de decisão para a realização da cirurgia.

Minha experiência, nesse sentido, é que, em casos como esse, o ideal e esperado é a participação de todos os envolvidos: médicos, familiares e a paciente. Isso é fundamental para que todos aqueles que possam ser impactados participem do processo, pois serão afetados pelas eventuais consequências do procedimento médico realizado.

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